Gestão de Pneus no TRC.

No Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), a gestão de pneus é uma atividade estratégica e de alto impacto nos custos operacionais e na segurança da frota. Os pneus representam um dos principais itens de despesa da manutenção — ficando atrás apenas do combustível — e estão diretamente ligados ao desempenho dos veículos, à segurança dos motoristas e à disponibilidade da frota. Quando negligenciada, a gestão de pneus pode gerar consequências sérias, como aumento de acidentes, paradas não programadas, maior consumo de combustível e desgaste prematuro de componentes da suspensão e direção.

Pneus desgastados, mal calibrados ou aplicados de forma incorreta comprometem a eficiência da operação e elevam significativamente os custos. Por isso, é fundamental estabelecer um programa sistemático de gestão, inspeção e manutenção preventiva.

1. Inspeção e manutenção preventiva

A inspeção frequente dos pneus é o primeiro passo para manter a operação segura e eficiente. Deve-se verificar aspectos como profundidade da banda de rodagem, presença de objetos cortantes ou perfurantes, desgastes irregulares, bolhas, trincas, separações e condições das válvulas e bicos de enchimento. A manutenção preventiva permite corrigir pequenos problemas antes que se tornem falhas graves, reduzindo o risco de panes em rota e contribuindo para a longevidade dos pneus.

2. Calibração correta da pressão

Manter a pressão correta é essencial para garantir a durabilidade do pneu e o bom desempenho do veículo. A pressão inadequada pode causar desgastes anormais, aumento do consumo de combustível, instabilidade da direção e até explosões em altas temperaturas. A calibragem deve ser feita com o pneu frio e com equipamento confiável, respeitando sempre as especificações do fabricante ou do plano de manutenção da frota.

3. Compra e aplicação adequada dos pneus

Outro fator crítico é a seleção correta do pneu para cada tipo de aplicação. Pneus de carga são projetados para eixos direcionais, de tração ou de arraste, e possuem desenhos de banda e estruturas específicas para cada função. A escolha errada compromete o desempenho e reduz a vida útil do produto. Além disso, é importante analisar o tipo de carga transportada, a topografia das rotas, o tipo de pavimento e a severidade das operações.

4. Controle de desempenho e rastreabilidade

Adotar sistemas de controle para monitorar o desempenho dos pneus (como software de gestão de frota, planilhas técnicas ou etiquetas RFID) permite acompanhar a quilometragem, a quantidade de recapagens, o custo por quilômetro rodado (CPK) e a performance por posição. Esses dados são fundamentais para decisões estratégicas e para o planejamento de compras, recapagens e descartes.

5. Capacitação dos profissionais da borracharia

Por fim, o sucesso da gestão de pneus depende da qualificação da equipe de manutenção. Borracheiros bem treinados executam os serviços com mais segurança e precisão, reduzem falhas humanas e contribuem para a padronização de processos. O treinamento técnico também promove uma cultura de responsabilidade e zelo com os ativos da empresa.

Duração variável sendo, de 6 a 8 horas de treinamento. (Presencial – In company) Instrutor: Dúlio Alves de Andrade - Diretor da DAA Consultoria e Treinamentos